32 ANOS DE CONSTITUINTE, DEMOCRACIA NO BRASIL: ESQUERDA E DIREITA FRACASSARAM?
COMO REVIVER A GESTÃO DEMOCRÁTICA DE FRANCO MONTORO COM MAIS PARTICIPAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
O médico sanitarista Eduardo Jorge teve uma formação ideológica marxista, o que o levou a uma militância política de esquerda no Partido dos Trabalhadores.Exerceu vários mandatos de deputado federal inclusive como deputado constituinte na aprovação da Constituição da República Federativa do Brasil de 04 de outubro de 1988, embora o Partido dos Trabalhadores tenha se abstido na votação.No entanto, a sua atuação profissional anterior como médico sanitarista concursado na Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo em bairros da periferia da Zona Leste de São Paulo possibilitou-lhe a oportunidade de ver a realidade social daqueles simples e carentes moradores da periferia, que certamente moldou sua consciência política na necessidade de soluções práticas e objetivas para os problemas sociais da sociedade brasileira de maneira mais fortemente do que formulações racionalistas e ideológicas nem sempre condizentes com a realidade.Ademais, sua militância política levou-o a conviver pluralisticamente com políticos fora de sua estrutura partidária, o que lhe permitiu abrir seus horizontes ideológicos.Foi, por exemplo, a convivência política, entre outros, com o ex-governador de São Paulo André Franco Montoro, que o fez ver a realidade política a partir de processos democráticos de governo como a descentralização e participação da cidadania nas ações governamentais.Portanto, é importante ouvir de Eduardo Jorge um pouco de sua experiência profissional como médico sanitarista dentro da realidade de vida da população da periferia de São Paulo e também da sua experiência política, que fizeram dele hoje um político aberto e não mais dogmático, com novas temáticas como a importância ecológica para o nosso mundo.Lembraria que esses valores ora cultivados por Eduardo Jorge, que também marcaram a vida do grande governador Franco Montoro, estão também alicerçados na obra de filosofia política do filósofo francês Jacques Maritain, patrono de nosso Instituto, especialmente em seu livro O Homem e O Estado.
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