Professor Padre Gennaro Giuseppe Curcio
Secretario Geral do Instituto Internacional Jacques Maritain-Roma
Introdução
Nesta palestra terei em conta, claro, o texto de Jacques Maritain, mas também, tentarei fazer uma leitura pessoal que extraia aspectos e elementos novos que possam indicar, em nossa época contemporânea de hoje, um percurso autêntico a seguir na vida e propor uma nova política verdadeira. A proposta política que nasce das seis lições que Maritain deu nos cursos de verão da Universidade de Santander, em agosto de 1934, vem do sentido que dá a “humanismo”.1 O erro do humanismo clássico, para o filósofo francês, foi ter sido demasiadamente antropocêntrico. O verdadeiro humanismo, para o autor, põe a liberdade do homem como raiz essencial do ser e da existência e como finalidade, não o alcance de um status já completo no mundo, mas sim, apenas uma finalidade ultra terrena. Esta postura leva o homem à incessante busca da verdade, da beleza e da bondade para que a vida da cidade seja mais autêntica e solidaria. O espiritual ajuda a sociedade, dando fundamento ao humano, por uma ação interior que anima os valores mais fortes presentes no homem, levando-os à luz. O plano temporal esta subordinado ao plano espiritual, mas entre os dois tem que haver uma união em que um não rejeite o outro, mas onde um é totalmente diferente do outro.
Aqui está o conselho de Maritain para a ação prática: “Se me dirijo aos homens para falar com eles e trabalhar entre eles, num primeiro plano de atividade, no plano espiritual, eu me apresento como cristão e assim, engajo a Igreja de Cristo, e num segundo plano de atividade, no plano temporal, não trabalho como cristão, mas tenho que trabalhar cristão, empenhando-me a mim mesmo, não a Igreja, e empenhando-me inteiramente, não parcialmente ou sem ânimo?”.
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